Um dos salgados mais tradicionais e mais consumidos da nossa metrópole é, sem sombra de dúvida, a coxinha. Entretanto, movido pela curiosidade de saber como surgiu essa iguaria, chegamos a alguns resultados bastante curiosos e, um deles, envolve diretamente a cidade de São Paulo.

Vamos a eles. Um dos resultados mais famosos é referente ao surgimento da coxinha durante o Brasil Imperial. Para corroborar essa versão, existe uma pesquisa da historiadora Roberta Malta Saldanha, que pode ser lida no seu livro “História, lendas e curiosidades da Gastronomia”.

Ali, ela relata que tudo se deve ao filho da princesa Isabel e do Conde d’Eu, que era criado na fazenda por ser uma criança especial e tinha como comida preferida as coxinhas de galinha.

Certo dia, ao perceber que faltaria a comida preferida do filho da princesa, a cozinheira desfiou outras partes do frango e as envolveu em uma massa, nascendo assim a coxinha, que conquistaria primeiro os nobres e depois seria difundida em todas as classes da sociedade.

Uma segunda versão sobre a origem da coxinha data do século XIX, em São Paulo. Com a rápida industrialização da cidade, a demanda por comida nos portões de fábricas era grande. No entanto, a comida mais popular, as coxinhas de galinha, estragava muito rápido. Assim, os comerciantes começaram a desfiá-las e envolvê-las em uma massa, nascendo a coxinha.

Uma última versão atribui a criação do salgado aos escravos, que na falta de alimentos juntavam restos de animais, desfiavam e os envolviam em uma massa de mandioca, dando origem à uma versão rudimentar da coxinha.

Claro que, por carência de fontes e provas, nunca saberemos o que de fato aconteceu e como surgiu um dos alimentos mais consumidos da nossa cidade, mas fato é que a coxinha, com toda certeza, mantém sua tradição de ser o salgado predileto dos paulistanos.

Referências: http://mercadodagula.com.br/blog/coxinha-comida-buteco/

https://comidasebebidas.uol.com.br/noticias/redacao/2012/08/18/mil-vezes-coxinha-conheca-a-origem-e-as-variacoes-do-pestisco-mais-amado-do-brasil.htm

http://gcn.net.br/noticias/231603/culinaria/2013/11/coxinha-de-galinha

https://www.buzzfeed.com/rafaelcapanema/a-coxinha-nao-e-tao-brasileira-quanto-voce-imagina?utm_term=.telBNwQ2N#.xiAyv8eYv

13 Comments

  1. A estória do filho da princesa Isabel é também contada em outros sites dedicados à culinária. Por isso, parece ser a mais verdadeira. De todo modo é bom saber que ao lado da caipirinha, a coxinha foi criada em solo paulista. Isso precisa ser divulgado.

    São Paulo é uma cidade que sofre de carência de identidade muito mais por falta de afirmação dos costumes paulistas do que pela inexistência de identidade.

    1. É contada em outros sites por ter sido publicada em um livro. Também acredito ser a mais plausível, tendo em vista o trabalho da pesquisadora, mas cabe a nós contar todas, afinal, é memória oral da cidade.

  2. O engraçado é que antigamente quando comia coxinha não era essa carne desfiada era sempre uma coxa de frango com osso que ficava de fora da massa . Depois é que começaram a aparecer essas feitas com a carne desfiada.

  3. O engraçado é que antigamente quando comia coxinha não era essa carne desfiada era sempre uma coxa de frango com osso que ficava de fora da massa . Depois é que começaram a aparecer essas feitas com a carne desfiada.

    1. A coxinha com osso – a coxa creme – ainda é encontrada em alguns lugares de Sampa como o bar Estadão e a padaria Santa Tereza, na praça João Mendes. Fundada em 1872, a Santa Tereza é talvez a mais antiga padaria do Brasil ainda em atividade.

      1. Coxa creme, saborosa, gostosa!
        Última vez que desgustei uma foi em 1979 no restaurante Gouveia na Av. Santo Amaro S.P.
        Hoje saudades e água na boca

  4. Eu simplesmente amo coxinhas de frango.
    As vezes acabamos comprando algumas que já na primeira mordida vem o arrependimento. Por não serem bem feitas por esse ou aquele motivo. Mas o pior é aquelas com a carne do frango que parece uma pasta. É horrível.
    As melhores são mesmo as com a carne desfiada.
    As coxinhas, para mim, são (junto com o pastel de feira) os salgados preferidos.
    E se for aquelas de festas de criança, aquelas em tamanho menor, huuuummmmm rs

  5. Olha a história que conheço que envolviam massa de trigo em volta da coxa com isso pra render mais e assim insaciar a fome dia escravos pois só carne do frango faltava então se aumentar o rendimento dos alimentos com uma generosa porção de trigo feito por sua volta e hoje e o.meu alimentos no preferido

    1. escravos nem comiam carne, eles não tinha direito nem aos restos ,nem vísceras, nada. Carne era artigo de luxo e os coitados não tinham direito a nada de carne, nem de boi, nem peixe, nem frango, nada… Comiam apenas massa de mandioca cozida ou fubá cozido com verduras e restos de legumes.os escravos no Brasil eram tratados piores que animais.A coxinha tem duas histórias mais conhecidas.A primeira é a do filho da princesa Isabel. O segundo é que surgiu na porta das fábricas de santo André nos anos 20.Os vendedores desfiavam frango cozido, envolviam em massa de batata, fritavam e depois iam vender para os operários nas portas das indústrias em Santo andré.

  6. Coxinha é um quitute francês chegado a Portugal, tudo indica, no final do século 18. Se não chegou antes, desembarcou com d. João no Rio em 1808.

    A receita francesa levava frango desfiado envolto em massa que era moldada em forma de pera e frita.

    No Brasil, o quitute foi adaptado e se tornou universal em bares e lanchonetes. Mas a origem não é brasileira.

    A história da princesa Isabel é lenda.

    1. Neste caso, como as explicações descritas na matéria não tem provas, apenas suposições, a sua também tem de ter provas, senão são só palavras ao vento.

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