A cidade de São Paulo, quando era apenas um pequeno vilarejo, precisou ser defendida por um “bárbaro”, aliado dos índios e que conhecia a região como ninguém. Estamos falando de João Ramalho e o cerco de 9 de julho.
Ramalho é considerado o patriarca dos mamelucos, pai dos paulistas o “fundador da paulistanidade”. Nascido na cidade de Vouzela, região norte de Portugal, em 1493, nosso personagem foi casado com Catarina Fernandes das Vacas.
Sua chegada ao Brasil se deu em 1515, ou seja, com pouco mais de 20 anos de idade. Não se sabe se ele era um náufrago, colono ou um degregado (criminoso condenado ao exílio). Por outro lado, sabe-se que Ramalho teve grande relação de amizade com Tibiriçá sendo, inclusive, casado com uma delas, chamada Bartira.
Esse aventureiro teve muitas mulheres e filhos durante sua vida, sendo que alguns de seus descendentes são bastante famosos, como a Rainha Silvia, que foi casada com Carl Gustv 16, da Suécia e a escritora Lygia Fagundes Telles.
Voltando à sua importância para São Paulo, Ramalho se tornou um homem muito poderoso graças à relação amistosa com os tupiniquins. Segundo o alemão Ulrich Schmidel, em seu livro “Viagem ao Rio da Prata”, ele era capaz de mobilizar 5 mil homens em um só dia, se fosse necessário.
O Apoio Aos Portugueses
O poderoso português teve, também, papel fundamental na exploração do território brasileiro, sendo que ajudou Martim Afonso de Souza na busca de ouro e prata na região que hoje é Cubatão.
Segundo a Revista Apartes, a jornada foi longa e, nas palavras de Eduardo Bueno, autor do livro Capitães do Brasil: a saga dos primeiros colonizadores, o caminho foi o seguinte: Em barcos a remo, foram da Vila de São Vicente até Piaçaguera de Baixo (atual Cubatão). Então caminharam por terras alagadas até Piaçaguera de Cima, onde começaram a subida da Serra de Paranapiacaba (lugar de onde se vê o mar, em tupi). Ao chegarem à nascente do Rio Tamanduateí, seguiram o curso das águas, saíram da mata fechada e entraram em um vasto campo sem árvores. Ainda acompanhando o rio, chegaram à colina onde se localizava a Aldeia de Piratininga. No local, seria erguida a Vila de São Paulo.
Na região do planalto, Ramalho vivia em uma vila chamada de Santo André da Borda do Campo, região que ficava em algum ponto de São Bernardo do Campo. No ano de 1553, o primeiro governador geral do país, Tomé de Souza, transformou a vila em povoado e Ramalho foi vereador e prefeito, além de guarda de toda a região.
Mesmo sendo uma das pessoas mais importantes da vila, foi expulso de uma missa realizada na Capela de Santo André, pelo padre Leonardo Nunes. A alegação do sacerdote era que o português havia sido excomungado por não respeitar os votos de matrimônio e ter várias mulheres.
Mesmo com esse acontecimento, Manuel da Nóbrega, acabou batizando sua esposa Bartira, que escolheu o nome cristão de Isabel Dias, e celebrou seu casamento católico com João Ramalho. O sogro de Ramalho também recebeu o batismo e passou a se chamar Martim Afonso Tibiriçá, em homenagem ao explorador que conhecera anos antes. A pedido de Nóbrega, João Ramalho mandou um de seus inúmeros filhos, André, acompanhar o padre em uma expedição pelo interior do território em busca de mais índios para catequizar.
Em 1562 aconteceu o terrível conflito entre os portugueses e seus aliados contra uma aliança formada pelos Tamoios, Guaianazes, Tupis e Carijós. Esse cerco, que se deu em um dia 9 de julho, foi a principal contribuição de Ramalho à São Paulo, afinal, graças à sua bravura e sua influência, conseguiu defender o povoado do ataque indígena.
O famoso cacique Tibiriçá viria a falecer nesse mesmo ano e, em homenagem à sua bravura e cooperação, seus restos se encontram, até hoje, na cripta da Catedral da Sé. João Ramalho morreu em 1580, em avançada idade. É o fundador da dinastia de mamelucos que, no século seguinte, terá lugar de destaque na empreitada comercial-militar conhecida como “bandeira”.
O PRIMEIRO JUDEU EM TERRAS PAULISTAS FOI COSME FERNANDES O BACHAREL DE CANANEIA…
Não há prova de que Mestre Cosme fosse judeu.
Bacharel veio na armada de Gonçalo Coelho e Américo Vespúcio, sendo deixado em Cananéia, local considerado na época, pelos portugueses, como último ponto dos territórios de Portugal. A denominação CANANOR que aparece no perfil geográfico de Ptolomeu deve ser interpretada como CANANÉIA que significa “lugar dos judeus ou judeu”, de CANANEU, como eram chamados os judeus, o que quer dizer que o Bacharel deixado podia realmente ser judeu ou judaizante e de real importância.
Sim. Era Novo Cristao.
A dúvida é se sua origem era mesmo da Mauritânia. Por seus conhecimentos.
Há inclusive um livro português, que li há tempos, por isso não me lembro mais o nome, que dizia que João Ramalho era um cristão novo, e que os dois o Bacharel e João se encontraram algumas vezes. Nesse livro diz que João Ramalho chegou ao Brasil, como náufrago, em 1511 e não em 1515. Mas, não há registro documental sobre isso.
Paulo Ramalho.
tenho orgulho de ser paulistano da gema..e mais orgulho ainda de ser BRASILEIRO…Minhas raízes são…LÍBANO e ITÁLIA…Mas de ser brasileiro paulistano…ah! isso não cabe só no meu peito….
… Por isso dizem que “um filho teu não foge à luta!”…… Com esses antepassados não poderia ser de outra maneira!
Sou descendente de João Ramalho por causa dos Camargos e de Arzen porém sou mineiro veja como os dois estados estão ligados os bandeirantes estimulam qualquer brasileiro entender como a nossa realidade é carnavalesca e vibrante temos dentro de nós uma elegância natural que poucos povos constroem com veracidade e consistência e assim presumimos que o nosso modelo civilizacional irá imperar ainda e este país será o gigante de fato que tanto torcemos para que seja principalmente levando em conta o nosso passado tão rico.
Tem toda a razão – o passado será o nosso futuro. Seremos apenas Humanos com orgulho.
Legal , eu tambem sou por parte da minha avó, da cidade de Quata e João Ramalho.
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Tenho ele na minha árvore tbm, assim como Camargo, Minha bisa era Anna Teixeira de Camargo.