A origem dos nomes das Pontes da Marginal Tietê – 2

Um pequeno texto recheado de curiosidades e sem muitos segredos. Trata-se de uma pequena explicação do nome das pontes da marginal Tietê no sentido Oeste-Leste. Alguns são nomes bastante merecidos e outros são homenagens estranhas. Deixe seu comentário sobre qual o nome mais “esquisito”. Não viu a primeira parte? Vem aqui. Divirtam-se!

Ponte do Piqueri – Joelmir Beting

Além de fazer referência a um tradicional bairro da cidade de São Paulo, a Ponte do Piqueri – Joelmir Beting, ainda relembra a trajetória de Joelmir José Beting, nascido em 21 de dezembro de 1936 e falecido em 29 de novembro de 2012. Foi um jornalista e sociólogo brasileiro e um profissional que deu grande contribuição para o cenário intelectual nacional. Também foi pioneiro na tradução dos difíceis termos técnicos da economia para a vida cotidiana.

Ponte Freguesia do Ó – Padre Noé Rodrigues

Mais uma ponte com nome duplo e, dessa vez, trata-se da Freguesia do Ó – Padre Noé Rodrigues. O primeiro nome é em referência a um dos bairros mais antigos de São Paulo e, a segunda nomenclatura, fala do Cônego Noé Rodrigues, natural de Botucatu em junho de 1917. Foi um educador e orientador espiritual de grande qualidade, ajudando muitos cidadãos brasileiros de várias cidades, como: Botucatu, Agudos, São José do Rio Preto e Belo Horizonte. Graças aos seus esforços, diversas instituições para auxiliar pessoas carentes foram fundadas. O padre acabou falecendo em 24 de outubro de 2012, aos 95 anos.

Ponte Júlio de Mesquita Neto

Esse dispositivo viário que homenageia um dos mais respeitados jornalistas que já passou pelo cargo da direção do “O Estado de São Paulo”. Foi um dos mais ferrenhos combatentes à ditadura e a censura do regime militar nos anos 60 e 70.

Ponte do Limão – Adhemar Ferreira da Silva

Homenagem justa e merecida a um dos maiores esportistas do Brasil. Nascido em São Paulo, foi o único a ganhar duas medalhas de ouro no salto triplo em uma disputa de Jogos Olímpicos.

Adhemar foi homenageado com o colar do Mérito Olímpico, a maior honraria do esporte mundial. Foi o primeiro a fazer uma volta olímpica, ao receber a medalha em flores em Helsinque. Foi a glória internacional e recorde mundial, que vigorou até 1953. Formou-se em direito, educação física e relações públicas. Sabia se fazer entender em inglês, espanhol, francês, alemão e italiano. Era filho único de um ferroviário e de uma lavadeira. Terminou como patrono do projeto de apoio ao atletismo da Bolsa Mercantil & de Futuros, coordenador de Esportes das Faculdades Santana, entre outras ocupações. Morreu aos 73 anos de idade em 12 de janeiro de 2001.

Ponte da Casa Verde (Jornalista Walter Abrahão)

A Ponte da Casa Verde – Jornalista Walter Abrahão, assim como a maioria das pontes da marginal, homenageia o bairro em que está próxima e uma personalidade. No caso, a honraria fica para Walter Abrahão, nascido em Piraju, famoso locutor esportivo e político brasileiro.

O profissional é, até hoje, considerado um dos mais importantes nomes da narração esportiva da televisão brasileira. Filho de imigrantes árabes, se formou em Direito e foi sócio de um importante escritório de advocacia. Na década de 1950 iniciou como radialista nas Emissoras Associadas de São Paulo e logo após fez sucesso na TV Tupi, como locutor esportivo nas décadas de 1960 e 1970, onde também apresentava um programa esportivo, juntamente com Roberto Petri, Geraldo Bretas, Fernando Solera, e Ely Coimbra.

Na década de 1980 trabalhou na TVS (depois SBT) e na Rede Manchete. Nestas emissoras, participou das transmissões de seis Copas do Mundo. É considerado o inventor do “replay” esportivo quando utilizou este artifício, pela primeira vez, em 1963, chamando de “bi-lance”. Walter também foi vereador da cidade de São Paulo, eleito em 1988 e reeleito em 1992 e em 1993 entrou para o Tribunal de Contas do Município de São Paulo, aposentando-se em 2001. Faleceu no dia 8 de agosto de 2011, aos 80 anos de idade.

Referênciahttps://dicionarioderuas.prefeitura.sp.gov.br/