Um espaço um pouco diferente onde resgatamos a história de algumas ruas de São Paulo. Conforme o quadro for evoluindo, vamos aprofundando mais a pesquisa e trazendo outras informações para todos os nossos leitores. A ideia é pegar algumas ruas que não tenham uma origem tão rica, historicamente falando. As ruas e avenidas mais famosas serão esmiuçadas em textos separados. Comecemos!
Rua Leais Paulistanos: Nome dado a uma Brigada de patriotas paulistas, constituída no tempo da Independência para defender o Príncipe D. Pedro I. As tropas portuguesas do Rio de Janeiro, tomando atitude hostil contra o movimento libertador, fizeram com que D. Pedro I apelasse para os paulistas pedindo-lhes socorro de força armada. A Brigada dos Leais Paulistanos partiu em 23 de janeiro de 1823, sob o comando do coronel Lazaro José Gonçalves.
Viaduto Capitão Pacheco Chaves: O capitão Pacheco Chaves, pertenceu ao exército nacional e tomou parte nas campanhas iniciadas pelas forças legais, logo após o movimento armado de 1924, chefiado pelo general Isidoro Dias Lopes. Faleceu na Bahia, vítima da febre amarela, estando em serviço.
Rua Bom Pastor: Essa denominação lembra a existência no local, de um asilo para menores com esse nome.
Rua General Lecor: Carlos Frederico Lecor, 1º Barão e Visconde de Laguna, nasceu em Faro – Portugal, em 02 de setembro de 1767, faleceu no Rio de Janeiro em 2 de agosto de 1836. Iniciando a sua carreira militar em Portugal, despontando as suas qualidades de guerreiro nas batalhas da Vitória, dos Pirineus e Zagaramundi.
No Brasil, comandou as tropas que ocuparam o Uruguai em 1817, permanecendo em Montevidéu até 1828. A sua ação como governador da Província Cisplatina, desenvolveu-se sob graves ameaças de revoltas, conjuras e críticas dos chefes uruguaios. Proclamada a Independência do Brasil, Lecor adere a nova ordem, pondo-se a disposição dos responsáveis pelo regime que se iniciava. Graças aos seus serviços, foi elevado ao posto de Marechal do Império. Foi do Conselho de D. João VI, das Ordens de São Tiago e São Bento de Aviz, possuía as medalhas militares da Guerra Peninsular e a Estrela de Ouro do Rio da Prata. Nome oficializado pelo Ato nº706 de 18 de agosto de 1914.
Rua Lord Cockrane: Thomaz Cochrane Dundonald, conde e lord inglês, nasceu aos 14/12/1775 e faleceu aos 30/10/1860, e foi sepultado na abadia de Westminster. Lor Cochrane, que se achava no Chile, foi convidado para organizar e comandar a esquadra luso-brasileira. Aceitando a incumbência, chegou ao Rio de Janeiro em março de 1822 e começou logo o seu trabalho.
Quando se proclamou a independência, Cochrane prestou grandes serviços ao Brasil. Bloqueou o Maranhão com um só navio, o que lhe valeu o título de Marquês do Maranhão; bloqueou a Bahia, até a rendição do general Madeira, e tudo fez para que a incipiente marinha de guerra brasileira desempenhasse o brilhante papel nas lutas pela Independência. Lord Cochrane é considerado o criador da marinha de Guerra do Brasil.
Rua Lima e Slva: O marechal Manuel da Fonseca Lima e Silva, barão de Suruí, nasceu no Rio de Janeiro em 10 de junho de 1793. Dedicou-se à carreira militar galgou todos os postos até atingir as mais altas posições entre os seus colegas de armas. Em 1817 esteve em Pernambuco, então revoltado, em 1823 foi para a Bahia como comandante do Batalhão do Imperador e tomou parte nas operações de guerra contra as Tropas Portuguesas do general Madeira.
De volta da Bahia foi promovido a tenente-coronel e elogiado pelo Príncipe D. Pedro. Em 1825 voltou a Pernambuco e logo depois seguiu para Montevidéu em serviços de guerra. Em 1831 foi nomeado ministro e secretário dos Negócios da Guerra. Em 1835 e 1836 ocupou, além da pasta da Guerra e a do Império, o cargo de deputado provincial do Rio de Janeiro.
Por Carta Imperial de 9 de maio de 1844 foi nomeado presidente e comandante das armas da província de São Paulo, tomou posse desses cargos em 1º de junho. Exerceu-os até 5 de novembro de 1847. Por decreto de 2 de dezembro de 1854 recebeu o título de barão de Suruí com honras de grandeza. Em todos os cargos que ocupou distinguiu-se sempre pela lealdade e correção com que atuava em todas as situações. Faleceu no Rio de Janeiro em 1º de abril de 1869.
Para mais infos: https://dicionarioderuas.prefeitura.sp.gov.br
Nasci na Rua Dom Vilares, na Vila Brasilisina. Gostaria muito de saber mais sobre esse senhor.
Segundo o Dicionário de Ruas:
Dom Luiz Rodrigues Vilares, primeiro Bispo paulista, formado em Coimbra , Doutor em Canones no século XVIII.