Um dos grandes médicos da história do Brasil nasceu em Minas, mas teve grande parte de sua história escrita em São Paulo.
O famoso Dr. Dante Pazzanese, nasceu na cidade de Morro Alto, em Minas Gerais, no dia 31 de dezembro de 1900 e, com 24 anos, já estava se formando em medicina pela consagrada Faculdade de Medicina do RJ. Sua carreira profissional começou na cidade de Itapira, no interior de São Paulo, onde, pouco depois, migrou para São Paulo, em 1928, onde trabalhou como voluntário na Faculdade de Medicina de São Paulo.
No ano seguinte, Dante foi o responsável por organizar o serviço de eletrocardiografia da faculdade, atitude pioneira na época. Sua organização e competência eram tão grandes que até o ano de 1933, Pazzanese foi o único médico especialista a realizar e ministrar cursos dessa área no país.
Além disso, ele foi o criador da Sociedade Brasileira de Cardiologia e do Serviço de Cardiologia do Hospital Municipal, onde foi realizado o primeiro curso de cardiologia de São Paulo. No ano de 1954, Pazzanese conseguiu viabilizar o Instituto de Cardiologia do Estado de São Paulo (Icesp).
O Dr. Dante Pazzanese era conhecido por sempre buscar novos conhecimentos para sua área de atuação e pela sua atenção especial aos novos aparelhos. Costumava dar ênfase aos aspectos sociais que as conquistas cardiológicas trouxeram à sociedade.
O Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia
Como citado acima, Dante Pazzanese foi o responsável pela criação do Instituto de Cardiologia do Estado de São Paulo. E, essa grande instituição, foi de extrema importância para a história da nossa medicina.
Funcionando, inicialmente, na Avenida Paulista, na esquina com a Rua Sampaio Viana, a antiga residência ficava em frente ao Instituto Pasteur. Sua instituição começou pequena, do ponto de vistas física, mas gigante do ponto de vista do corpo clínico.
Liderada pelo próprio Dante Pazzanese e por Mendonça de Barros, o lugar ainda contou com grandes nomes da nossa medicina, como: Silvio Bestachi, Alberto Ferreira Sampaio Correa, Astolfo Araujo, Olavo Pazzanese, além de outros que compunham o serviço de cardiologia do Hospital Municipal.
No ano de 1975, graças ao grande sucesso do trabalho do Instituto, sua denominação mudou para: Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia – IDPC, em homenagem ao seu fundador e primeiro Diretor, Doutor Dante Pazzanese.
As ampliações do ambulatório, laboratório, hemodinâmica, experimental, aoficina experimental e de pesquisa, a nova biblioteca, o hospital novo, o prédio da administração e os projetos em andamento foram etapas vencidas pela determinação das diretorias que se sucederam, dentro de um clima de coesão interna, muito raro de ocorrer em uma instituição pública.
Graças à seriedade que sempre se manteve no instituto, todos os governadores, desde Lucas Nogueira Garcez, nunca interferiram na instituição e preservaram-na das mudanças políticas, garantindo a manutenção de seus objetivos. O grande Dr. Mendonça de Barros dizia sempre que “a instituição que não ensina, deteriora”. Dentro desse princípio, desde o início o instituto criou um programa de residência.
Da primeira turma, de 1959 participaram o Eduardo Souza e Valmir Fontes, uma das principais lideranças em cardiopatias congênitas do País. Da segunda turma estão Hélio Magalhães e Paulo Paulista. A residência do instituto foi se aprimorando e é, com certeza, uma das melhores do País.