A cidade de São Paulo já produziu inúmeros talentos esportivos para o nosso país. Contudo, um dos mais importantes deles, sem dúvida, foi Éder Jofre, o Galo de Ouro.
O pugilista, nascido em 1936, foi o único brasileiro a conquistar o título de campeão mundial de boxe em duas ocasiões (peso galo e peso pena) e maior nome do Brasil nesse esporte, vem de uma família de lutadores.
Éder, que era filho de “Kid” Jofre, começou a praticar boxe desde cedo e, aos 7 anos, estreou em um ringue no Ginásio do Pacaembu, quando derrotou um garoto mais velho. Lutaria quatro anos como amador e, apesar de não ter obtido grandes títulos nesta época, nunca perdeu um campeonato nacional e só teve duas derrotas.
Começou sua carreira como pugilista amador na categoria peso mosca. No ano de 1956, entretanto, passou aos galos e representou o país no campeonato latino-americano de Montevidéu e, depois, participou dos jogos Olímpicos de Melbourne, na Austrália, em 1965. Nessas Olímpiadas, aliás, chegou às quartas-de-final na categoria peso galo, sendo eliminado pelo chileno Cláudio Barrientos.
No dia 18 de novembro de 1960, conquistou o título de campeão mundial pela NBA (National Boxing Association; na época, a União Europeia de Pugilismo, outra associação importante, não reconhecia Éder Jofre como campeão) quando derrotou o mexicano Eloy Sanches no sexto assalto em Los Angeles.
A vitória se tornou motivo de orgulho do pugilismo nacional, rendendo a Jofre uma série de elogios, inclusive por parte do presidente Jânio Quadros e do governador de São Paulo, Carvalho Pinto. Foi nessa época que o apelido “Galo de Ouro” começou a ficar famoso.
Vale o destaque que o pugilista sempre foi um torcedor assíduo do São Paulo e, durante grande parte de sua carreira, defendeu as cores do clube no boxe mundial. Não são poucas as imagens que retratam o lendário boxeador com a camisa de três cores da equipe do Morumbi.
Nos anos seguintes, lutou contra nomes importantes do pugilismo mundial. Seu primeiro grande desafio foi o italiano Piero Rollo, que acabaria nocauteado no nono assalto em março de 1961.
Outras lutas como contra o venezuelano Ramon Arias e o britânico Johnny Caldwell, tiveram destino similar. Jofre reteve o título de campeão mundial até 1965, vencendo vários de seus adversários por nocaute. Neste ano, contudo, perdeu o título, por pontos, para o lutador japonês Masahiko Harada.
Nesse novo desafio, Éder conquistou novas vitórias, mas seu desempenho marcial foi acerbamente criticado pela mídia. No dia 5 de maio de 1973, tornou-se campeão mundial dos peso-pena ao derrotar José Legra, por pontos, em Brasília.
Um ano depois por se recusar a cumprir um contrato assinado por um de seus representantes, Marco Lázaro, foi destituído do título de campeão mundial dos penas pelo Conselho Mundial de Boxe (CMB). Apenas em 1981 seria declarada, pelo Supremo Tribunal Federal, sua vitória judicial contra o ex-empresário.
Em 1976, após a morte do pai, Jofre abandonou o boxe. No total, lutou 81 vezes, com 77 vitórias (52 nocautes) , 2 empates e 2 derrotas. Em 1983, foi eleito pelo CMB como o melhor peso-galo do boxe contemporâneo. O pugilista passou então à carreira política. Já em 1980, participava do Grupo de Assessoria e Participação do governador Paulo Maluf.
Em 1982, candidatou-se a vereador de São Paulo pelo PDS (Partido Democrático Social), partido de direita e herdeiro do ARENA, extinto em 1993. Neste ano, o boxeador foi eleito como suplente, assumindo a cadeira em 1986 e permanecendo como vereador por quatro mandatos, até 2000. Defendeu, entre outros projetos, a massificação do boxe junto à juventude.
Entrou para o Hall da Fama do boxe em 1992. Sobre ele, Mike Tyson, ex-campeão dos pesos pesados, declarou “Quando penso em Brasil, penso em Éder Jofre. Assisti a muitos teipes de suas lutas e gostava do seu estilo agressivo. Foi um grande campeão”.
Fui pugilista amador entre 1.955 até 1.963, pela Academia Wilson Russo S/A, no ano de 1.957 nossa academia entrou em reforma e como meu tecnico pedro Galasso era pupilo do Kid Jofre durante um ano treinamos ali junto ao Eder, Luizão e muitos outros profissionais,tenho no Eder um verdadeiro fenomeno pois até o Luizão, meio pesado 79 kilos, apanhava do Eder, ele tinha a força nos punhos de um peso medio, 75 kilos e agilidade de um peso mosca 51 kilos, nunca treinei com ele porque quando ele estava no ringue eu ficava a distancia ai o pai dele não me chamava p/ fazer luvas com ele, Eder meu grande amigo, pessoa simples, muito discreto e o etrno campeão do MUNDO, A ESSA PESSOA MARAVILHOSA ENVIO MEU ABRAÇO AFETUOSO.