A história de uma estátua incinerada

Nos anos 70, além do Marco Zero e da Catedral da Sé, a praça já teve um outro monumento que chamava atenção: uma estátua de madeira, com 12 metros de altura e 31 toneladas, em homenagem a São Pedro.

A expectativa era a de que essa estátua fosse enviada como presente para o Papa Paulo VI, em retribuição à rosa de ouro que o sumo pontífice havia oferecido ao Santuário de Aparecida.

A ideia foi encampada por Walter Braido, Prefeito de São Caetano do Sul, que deu sinal verde e verba ao artista Agenor Francisco dos Santos para iniciar os trabalhos em 1968. Vale a curiosidade que, a tora de madeira que se tornou a estátua, foi encomendada na cidade de Cianorte, no Paraná.

Contudo, devido ao tamanho e peso, a estátua nunca saiu de São Paulo. Esculpida dentro das dependências da prefeitura de São Caetano do Sul, a peça ficou na praça da Sé na década de 70 e, depois, caiu em desgraça. Foi abandonada no Parque Ibirapuera e, em 1975, o próprio artista, Agenor dos Santos, foi chamado para restaurar a obra.

Estátua de São Pedro, na Praça da Sé, nos anos 70

Com o restauro concluído, a estátua mudou de lugar e passou a ser parte da fachada da atual Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Em 1991, com as obras de um novo prédio da universidade, a estátua foi novamente restaurada.

Mas, em 2006, um laudo foi produzido e os técnicos entenderam que a estátua estava condenada, com danos irreversíveis à sua estrutura. Em 2013, a estátua foi incinerada.

O monumento em frente a USCS