Uma das grandes figuras públicas da nossa cidade, Fernando de Sousa Costa, possui um pequeno reconhecimento por parte dos cidadãos de São Paulo. Sua história, recheada de conquistas e realizações para São Paulo e Pirassununga, merece ser relembrada, assim como o parque que carrega seu nome, o da Água Branca.
Sousa Costa nasceu no ano de 1886 na cidade de São Paulo e era filho de um militar, o Coronel Querubim Fabiano da Costa e de Augusta de Souza Costa. Fernando estava fadado, desde muito jovem, à carreira pública e a fazer o bem aos paulistas.
Ele começou seus estudos no tradicionalíssimo Colégio Coração de Jesus e, anos depois, se matriculou na famosa Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, braço da USP. Ele se diplomaria em 1907 e, poucos anos depois, se casaria com Anita da Silveira Costa, cidadã com muito prestígio em Pirassununga.
Sua carreira política começou no ano de 1912, quando foi eleito prefeito de Pirassununga. Seis anos depois ele se tornou deputado federal e teve vários mandatos seguidos. Entre os anos de 1927 e 1930, exerceu o cargo de Secretário da Agricultura de São Paulo onde fez um grande trabalho de reestruturação de departamentos. Em 35 ele assumiu o departamento Nacional de Café, um dos mais rentáveis até então.
Toda essa trajetória e todos os bons trabalhos realizados acabaram culminando, em 1937, com a chegada ao Ministério da Agricultura. Logo em sua chegada acabou criando Serviço de Registro Genealógico e o parque de exposições de Uberaba. Também determinou a construção da Escola Nacional de Agronomia, criou pastas zootécnicas e estações experimentais.
No dia 5 de junho de 1941, Fernando de Sousa Costa foi indicado pelo presidente Getúlio Vargas para o cargo de governador do Estado de São Paulo, em substituição do famoso médico Adhemar Pereira de Barros. Ele ficaria no governo do estado até o dia 3 de outubro de 1945 e fez várias grandes obras, como: a reforma do Instituto Agronômico de Campinas, criou a Diretoria da Indústria Animal, desenvolveu o Serviço Florestal, fundou o Instituto Biológico de São Paulo.
Foi o responsável por imprimir novas bases da indústria animal e criou o Departamento de Lacticínios da Indústria Animal, com seções de bromatologia, lacticínios piscicultura, fomento, apicultura e avicultura, criando, na Água Branca, o grande parque destinado à sua sede.
Ele também criou a diretoria de Fomento da Agricultura e as Divisões do Café, Cereais, Leguminosas e Algodão, além de ter criado 74 centros de puericultura, escolas práticas de agricultura, Casa do Trabalhador, Casa do Fazendeiro e o Instituto de Zootecnia da indústria da pecuária, em Pirassununga (SP).
O grande Fernando Costa foi o pioneiro na criação de zebu, incitando muita gente, que ainda desconfiava desse tipo de gado, a investir nessas raças indianas que chegavam a Minas Gerais.
Quando se preparava para se eleger, através dos meios democráticos, ao governo do Estado de São Paulo, Sousa Costa acabou falecendo. Em 1945, em um acidente de automóvel na Via Anhanguera ele deixava sua amada São Paulo. Como homenagem póstuma, ele tem seu nome em parques pecuários de Franca (SP), de São Paulo (SP) e de Uberaba (SP).
Minha sogra Lygia de Sousa Lima, hoje com 94 anos, trabalhou na residência dos Costa em Pirassununga…e fala saudosamente do período vivido entre eles. Onde encontro este texto e outros sobre Fernando Costa para mostrar a ela….que mora em Fernandópolis – cujo nome é homenagem a ele. Obrigado! Elenir Lima