Novamente, trazemos a história de um veículo que fez história em São Paulo (e no Brasil). Já falamos do Opala, Karmann Ghia, SP1 e SP2, entre outros veículos e fábricas.
O texto de hoje é sobre outro veículo, de menos sucesso que os anteriores, mas que fez bastante sucesso e teve um grande significado na cidade: o Puma.
A empresa que fabricava o Puma era a Sociedade de Automóveis Lumimari Ltda., uma junção das duas primeiras letras dos nomes de seus fundadores: Luiz Roberto Alves da Costa, Milton Masteguin, Mário César “Marinho” de Camargo Filho e Rino Malzoni. O primeiro veículo da Lumimari saiu do galpão de Matão, interior de São Paulo, e foi desenhado e projetado por Genaro “Rino” Malzoni.
Ele teve apoio da Veículos e Máquinas Agrícolas S.A (Vemag) para fazer esse protótipo. Segundo a Revista Carro, a Vemag auxiliou os empreendedores com chassis e mecânica para que fosse feito um modelo capaz de fazer frente ao Interlagos, veiculo da Willys que dominava vários eventos automobilísticos brasileiros.
Desse experimento com a Lumimari surgiu o GT Malzoni, que estreou em 1964 no Grande Prêmio das Américas em Interlagos. O veículo apresentou um bom desempenho e venceu essa e as cinco corridas seguintes.
Diante desse sucesso, as pesquisas e desenvolvimento de tecnologias veiculares continuaram na empresa. No dia 12 de novembro de 1966, a Lumimari mudou de nome para Puma. E essa mudança só aconteceu devido ao novo sócio, Jorge Lettry, recém-saído da Vemag, que não gostava de Lumimari e dizia que o nome parecia de uma loja de lustres.
O Puma veio, portanto, dos felinos que habitam as Américas e para dar um ar de velocidade ao empreendimento.
A Puma Veículos e Motores Ltda tinha sede na Avenida Presidente Wilson, na zona leste de São Paulo. Em 1967 a pequena fabricante passou a produzir o Puma GT, maior e de linhas mais fluidas, enquanto a Vemag, absorvida um ano antes pela Volkswagen, fabricava o DKW.
Vários modelos foram importantes para a empresa e marcaram uma geração de brasileiros como o Puma GT, o Puma GT 4R, Puma GTE, entre outros. Trazemos, na sequência, uma série de fotos que encontramos no site Maxicar com a linha de produção antiga do Puma. As fotos são de Karl Ludvigsen, famoso fotógrafo americano.
Em 1985, após diversos problemas, a empresa teve falência decretada. A massa falida foi comprada pela empresa curitibana Araucária S.A. que deu algum andamento à produção de veículos, colocando até caminhões Puma em sua linha de produção. A empresa faliria de vez pouco depois.
Em 2013, uma nova tentativa de trazer a marca de volta a tona apareceu. Criada por Fernando Mesquita e Reginaldo Galafazzia, dois entusiastas da marca, a empresa Mesgaferre Ltda. — combinação de Mesquita (Mes), Galafazzi (Ga), Fernando (Fer) e Reginaldo (Re), como o nome Lumimari fora formado.
A nova empresa tenta trazer à tona veículos brasileiros. Testes já foram feitos e podem ser conferidos no site da empresa e nessa matéria especial e segmentada da Uol: https://motor1.uol.com.br/news/440411/novo-puma-lumimari-testes-pistas/
Eu lembro dos tempos em que o Puma circulava nas ruas.
Eu gosto muito de ver a produção de carros de fibra e uma carros de uma leveza e rápidos eu tive um
Boa tarde.
Uma correção; A Puma na Avenida Presidente Wilson, altuara do número 4.200 Vila Carioca, onde estava sediada,não é Zona Leste.
Av. Presidente Wilson, 4.385, no Ipiranga (no limite da Vila Prudente na verdade), onde hoje está o pátio Tamanduateí do Metrô. Não resta mais nada da construção que existia no local.
” Menos sucesso que os anteriores?”
Puxa vida, é desmerecer um esportivo que fez um dos maiores sucessos na indústria automobilística brasileira, exportado para mais de 50 países e cobiçado até hoje de quem entende de carros esportivos brasileiros. Um felino clássico. Prazer, meu nome é o Puma!
É lamentável que os veículos a combustão esteja na reta final dando passagem a nova tecnologia dos elétricos e nos brasileiros não conseguimos emplacar nem um veículo de tecnologia 100% brasileira no mercado nacional e internacional. Isso tudo devido ao descaso dos nossos políticos incompetentes e bandidos de não investir na ciência e pesquisa e incentivo a indústria nacional. Mas e claro que devemos onrrar todos os erois que tentaram investir na indústria automobilística.foram grande homens de coragem e visão. Mas estamos aí no ano 2022 e sequer fabricamos um motor a combustão com tecnologia nacional. Como diria nosso amigo Boris “isso é uma vergonha”.
Minha paixão, tive uma Puma GTE-1600 branca ano 1976 comprei na revendedora MM de veiculos , ainda tenho a Nota Fiscal 5385. Muita saudade.