A cidade de São Paulo já teve de tudo: satélites expostos no centro, rinoceronte vereador e, por incrível que pareça, também teve um jacaré na Marginal Tietê. Esse evento aconteceu em meados de 1992, quando uma movimentação estranha atraiu a atenção dos moradores da zona norte.
Por mais incrível que possa parecer, um jacaré de papo amarelo apareceu entre as pontes da Vila Maria e da Vila Guilherme, resultando em uma chamada única para os bombeiros da nossa cidade. O grande problema foi que a corporação chegou, atestou que o animal estava por ali, mas não conseguiu captura-lo. A partir de então, começava a aventura de conseguir resgatar o jacaré, que ganhou o apelido de Teimoso, com o passar do tempo.
Os bombeiros tentaram, de várias maneiras, fazer o resgate, mas todos fracassaram. Os profissionais se desculpavam, alegando que não estavam acostumados com tal serviço, mas os constantes erros acabaram constrangendo a equipe.
Uma semana depois do “cerco”, na terceira investida, os bombeiros cercaram o Teimoso que, acuado na margem direita do Tietê por dois oficiais que estavam em um barco, um time de bombeiros em terra e uma rede de quarenta metros, ele parecia não ter para onde ir. No entanto, nesse momento, apareceu um helicóptero que assustou o jacaré, que conseguiu fugir por baixo da rede.
A caça ao Teimoso demorou dois meses para ser resolvida. Somente em uma operação arquitetada pela Polícia Florestal, a Guarda Metropolitana e o Corpo de Bombeiros, foi que o jacaré acabou capturado no Rio Pinheiros.
No momento da captura, entretanto, não se sabia se era Teimoso ou não, mas seu tamanho, coloração e formato deixaram poucas dúvidas. Junto a ele, inclusive, foram capturados outros sete jacarés que acabaram levados ao Parque Ecológico do Tietê. Logo depois da captura, o cabo da Polícia Florestal, Mário Leme, fez questão de deixar claro que foram eles quem capturaram e resumiu da seguinte forma: “O jacaré foi pego com a nossa rede”.
Embora o caso tenha repercutido muito na época, até hoje não se sabe como os jacarés foram parar lá. A versão mais aceita e mais provável é a de que ele era criado em cativeiro e acabou solto pelo dono.
Vale dizer que o Teimoso sobreviveu em um trecho do rio em que a taxa de oxigênio era de menos de um miligrama por litro de água, o que a torna altamente poluída. Apesar disso, ele sobreviveu às condições por meses, o que honra seu apelido.
O jacaré, que é uma espécie típica da América do Sul, encontra-se agora em área tranquila e segura para sua moradia dentro do PET (Parque Ecológico do Tietê), localizado na Zona Leste de São Paulo. Quem quiser, pode visitá-lo durante as atividades ecológicas pelas trilhas que a administração do DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) promove, sempre com agendamento antecipado.
Muito boa a história, eu acompanhei, mas é 1990 ou 1992?
Sds rodolfo
Esta é uma estória das mais “fake” que se fez em São Paulo. Segundo pessoas mais próximas do assunto este jacaré tinha mais parentes que foram “plantados” em diferentes locais dos rios Tiete e Pinheiros. Também “surgiram” capivaras. Na época a rádio Eldorado estava em campanha para preservação da mata atlântica e despoluição do rio Tietê. O governo do Japão iria finaciar o projeto de despoluição do Tietê. Daí dá para se imaginar o que foi arquitetado.
Me indique essas pessoas próximas que eu apago o texto e faço outro. Falar que é estória e contar outra estória é fácil..rs
Eu lembro muito bem dessa história, até a ex prefeita Erundina segurou os filhotinhos de jacaré na mão, foi até a tv globo registrar !
acho muito louca essa história de um jacaré que invadiu o rio tiete como será que ele foi parar lá?