Post originalmente publicado em 1º de novembro de 2013 e atualizado em 7 de setembro e 2022.
O Museu do Ipiranga ou Museu Paulista é um símbolo da Independência, que foi realizada às margens do Riacho do Ipiranga em 1822. Considerado um dos cartões postais da cidade, ele foi reinaugurado neste dia 7 de setembro de 2022.
Tudo nele tem pontos de interesse. Sua construção, por exemplo, foi uma iniciativa do Barão de Iguape, que pediu uma autorização a D. Pedro I para construir um monumento que fosse homenagem à Independência. O local escolhido foi o sítio do “piranga”, como era conhecido o Ipiranga. Mas, pela falta de dinheiro, a obra ficou parada por anos, até que a Comissão Provincial para o Monumento do Ipiranga decidiu intervir.
A solução foi a de lotear o Ypiranga para levantar dinheiro.
Após muita discussão ficou decidido, em 1884, que o arquiteto italiano Tomasso Gaudêncio Bezzi seria o responsável pelo projeto. A construção só começou em 1885 e demorou seis anos.
O prédio incompleto foi declarado propriedade do Estado e foi aberto ao público como Museu Paulista em 7 de setembro de 1895. Na ocasião, a cerimônia foi presidida pelo presidente Bernardino de Campos. Em 1909, o paisagista Arsênio Puttemans criou os jardins à frente da construção, uma réplica em proporções menores dos jardins do Palácio de Versailles, sede da monarquia francesa.
Aqui uma curiosidade que já deve ter ficado clara: o imperador NUNCA morou no Museu do Ipiranga. Apesar de parecer óbvio, muitas pessoas acreditam nessa lenda.
O acervo do museu é enorme: tem mais de 125 mil peças, entre mobiliários, trajes e utensílios que pertenceram a figuras da história brasileira como bandeirantes, imperadores e barões paulistas do café.
Também existem diversas coleções como peças da Revolução Constitucionalista de 1932, armas brancas e itens de Santos Dumont. Há um espaço dedicado aos livros. A biblioteca do Museu Paulista é composta por mais de cem mil volumes, um Centro de Documentação Histórica com 40 mil manuscritos e laboratórios de conservação e restauração.
A sociedade civil se mobilizou para cuidar do museu. Fundada em 1º de setembro de 1995, a Sociedade Amigos do Museu Paulista (Sampa) é destinada a promover o desenvolvimento e o aprimoramento das atividades do Museu Paulista da Universidade de São Paulo.
O Museu Paulista foi inaugurado em 7 de setembro de 1895 como museu de História Natural e marco representativo da Independência, da história do Brasil e paulista. Seu primeiro núcleo de acervo foi a coleção do Coronel Joaquim Sertório, que constituía um museu particular em São Paulo. No período em que a independência completou 100 anos, em 1922, o caráter histórico do museu foi reforçado.
Formaram-se novos núcleos, com destaque para o acervo da História de São Paulo. Nessa época também o edifício foi redecorado com pinturas e esculturas apresentando a História do Brasil no saguão, escadaria e salão nobre.
Uma curiosidade, é que foi instalado o Museu Republicano “Convenção de Itu”, extensão do Museu Paulista no interior do Estado. Ao longo do tempo, houve uma série de transferências de acervos para diferentes instituições. A última delas foi em 1989, para o Museu de Arqueologia e Etnologia da USP. A partir daí, o Museu Paulista vem ampliando seus acervos referentes ao período de 1850 a 1950 em São Paulo.
Atualmente, o Museu do Ipiranga possui um acervo de mais de 125.000 unidades, entre objetos, iconografia e documentação textual, do século 17 até meados do século 20, significativo para a compreensão da sociedade brasileira, especialmente no que se refere à história paulista e conta com uma equipe especializada de curadoria. Desenvolve também um Projeto de Ampliação de seus espaços físicos.
Em 2013, o Museu do Ipiranga precisou ser fechado para reformas urgentes. O fato aconteceu no dia 4 de agosto e foi a primeira vez em um século que o prédio não esteve aberto durante a Semana da Pátria, evento que marca as celebrações da Independência do Brasil.
A desculpa oficial para o fechamento é que o museu precisa de reformas urgentes. O edifício, que acaba de comemorar 120 anos de inauguração está muito ruim. No salão nobre, cuja parede principal ostenta o quadro Independência ou Morte, do paraibano Pedro Américo, o teto descolou-se e ameaçava cair sobre os visitantes.
Estima-se que as obras para recuperação do museu e reforma em todas as suas alas termine apenas em 2022, ano do bicentenário da Independência.
No dia 7 de setembro de 2022, após mais de 200 milhões de investimento, o museu foi reaberto ao público.
Referências: https://acervo.estadao.com.br/noticias/acervo,como-era-sao-paulo-sem-o-museu-do-ipiranga,9161,0.htm
Tive a oportunidade de conhecer o Museu do Ipiranga e espero em breve voltar ao museu novamente.
Se vc conheceu museu como eu na década de 70 quase 80 vai ter uma decepção muito gde.
Reformaram beleza disseram q colocaram mais espaço n sei o que , n tem nada do q tinha. Virou museu q nem deveria chamar da independência. Me senti enganada e q até nossa história tiraram. Era lindo antes 125 mil pecas. Hje n tem nada. Uma enganação colocaram coisas q n condiz com nada só historinha escrita algo e algum vídeo nada com nada perto de quem viu roupas , jóias objetos antigos quarto tdo deles daquela época carruagem etc como brasileiro faz sempre destrói tdo q tem história em nosso país e se vangloria com merreca
A minha sensação foi a mesma. Um museu como outro qualquer por dentro, sem as lindas carruagens, roupas, móveis. Por fora lindo, por dentro, mais um.
verdade desapontamento completo
Faltam apenas 3 dias para sua reabertura.
Os recipientes com as águas dos principais rios brasileiros que ficavam no guarda-corpo da escadaria principal continuam lá?
Vc viu antes? Carruagem coroa roupas objetos? Vc entrava e podia sentir tdo da epoca hje uma enganação p mim q conheci tdo isso
Fui visitar o museu agora no dia 08/09 após a reinauguração. Infelizmente o acervo original não está mais presente. Foi substituído por exposições aleatórias.
Foi uma alegria ver o prédio revitalizado, mas o acervo que havia originalmente era o que dava a personalidade do museu do Ipiranga. Poderiam ter destinado uma parte do museu para exposições transitórias mas manter os itens originais do museu.
Concordo, foi uma decepção o antigo acervo não estar lá
Que foi retirado?
Já visitei o Museu do Ipiranga diversas vezes, estou ansiosa para leva os alunos da Escola onde trabalho para conhecerem o Museu.
Hoje dia 19 de janeiro de 2023 fui visitar o Museu. Esperei 2 horas na fila num local sem Ar Condicionado. Após a entrada vivenciei uma experiência positiva ao observar a evolução cultural brasileira, porém não entendi como após uma reforma desta magnitude, os ambientes não foram climatizados. A ausência do acervo original faz falta, uma vez que crianças esperam ver tronos e carruagem. Primeiro museu que visitei que não tem cafeteria e loja de souvenir.
Apoiado. Se vc conhecesse as 125 mil pecas q eles tiraram q realmente era desta época e deles vc detestaria ainda mais. Hje virou museu só dos quadros n tem mais carruagem as vestimentas as jóias documentos cartas nada. E salas quente,. Ainda bem q n paguei p ir aí foi só 1 kl de alimento. Terrível acabaram com nossa história só n entendi pq disseram qvtem mais espaço p n colocar nada
O museu tem um Acervo de mais de 125 mil peças em sua reserva tecnica. Porem a direcão do museu , decidiu descaracterizado como museu historico, e colocado em exposicão peças pouco interessantes ao publico. Ai afinal fica a pergunta… O museu é para satisfazer o publico ou meia duzia de museólogos ?
Só um comentário “ decepção “
Um completo desrespeito com a sociedade paulistana e com a memória nacional. Devemos todos nós que temos memórias do antigo acervo de jóias, vestimentas, piano, porcelanas chinesas, e tantos outros artefatos e tesouros do século XIX e XX, cobrar, porque é algo que pertence a todos nós brasileiros. Um patrimônio que foi composto durante décadas, inclusive com a doação de inúmeras famílias na esperança que fosse preservado e apresentado para as gerações futuras.