A famosa nave espacial, Gemini 5, ficou exposta na Praça da Sé, em frente à Catedral, no dia 29 de janeiro de 1966. É possível dizer que ela acabava de voltar de viagem do espaço, afinal, ficara em órbita entre os dias 23 a 26 de agosto de 1965 e deu 120 voltas na Terra nesse período.
É preciso lembrar que, na época, o mundo passava pela chamada Guerra Fria, o famoso confronto entre os EUA e a URSS, que ia muito além da corrida espacial. A Gemini V, por exemplo, era um exemplar que havia batido vários recordes, por assim dizer, e representava o que de mais avançado havia em tecnologia espacial da época.
O equipamento fora pilotado por Gordon Cooper e Charles Conrad e, além das já citadas 120 voltas ao redor da Terra, também proporcionara quase 508 horas de voos espaciais aos pilotos, outro recorde da época. A Gemini V foi trazida para a chamada exposição “Trabalhismo nos Estados Unidos” e fez muito sucesso na época.
A importância da geração “Gemini”
Pego aqui emprestado o texto do grande Ethevaldo Siqueira, que fez um registro histórico, em 2015, que eu não poderia sequer imaginar, sobre as missões Gemini. Divirtam-se!
A Nasa vai comemorar os 50 anos do primeiro voo da cápsula Gemini, que levou ao espaço dois astronautas, como preparação para a conquista da lua. A cápsula Gemini foi lançada ao espaço no dia 8 de abril de 1965, por um foguete Gemini-Titan II.
Edward H. White e James A. McDivitt foram os dois astronautas que voaram na primeira viagem tripulada da cápsula Gemini 4 – as três missões anteriores da Gemini foram em voos não-tripulados. McDivitt foi o primeiro americano a fazer um “passeio espacial” fora da cápsula em 3 de junho de 1965. No total, o Projeto Gemini realizou nove voos tripulados.
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Se comparada aos veículos espaciais de hoje, a cápsula era algo parecido com uma lata de sardinhas, como mostra a ilustração com os dois astronautas sentados lado a lado, sem qualquer conforto.
O projeto, entretanto, tinha objetivos relevantes e essenciais como preparação à conquista da lua. Seu primeiro objetivo era testar a capacidade de trabalho dos astronautas em voos de longa duração. O segundo era compreender como uma espaçonave poderia encontrar e acoplar com outra em órbita em torno da Terra ou da lua. Terceiro: aprimorar a reentrada na atmosfera e os métodos de aterrissagem. E, finalmente, entender melhor os efeitos de voos prolongados sobre a saúde humana.
Referências: https://acervo.estadao.com.br/noticias/acervo,uma-nave-espacial-na-praca-da-se,11992,0.htm
http://cbn.globoradio.globo.com%3C%21–/#echo%20var=’DOCUMENT_URI’%20–%3E#ixzz5uvefRCfH