O Pai da “Ordem E Progresso”: A História de Benjamin Constant

A República Brasileira foi idealizada por grandes nomes da nossa história que, muitas vezes, ficam à margem do Marechal Deodoro da Fonseca, grande líder que, mesmo a contragosto, libertou o país do Segundo Reinado.

Um desses nomes, Benjamin Constant, empresta seu nome a uma rua no centro de São Paulo e a um famoso colégio da região do Paraíso. Mas, de toda forma, quem foi esse  importante nome da nossa formação?

Nascido no dia 18 de outubro de 1833, em São Lourenço, no Rio de Janeiro, Constant foi um militar e político brasileiro de grande influência para a República Brasileira. Filho do português Leopoldo Henrique Botelho de Magalhães, primeiro tenente em Portugal, e de Bernardina Joaquina da Silva Guimarães, Constant cresceu em Minas Gerais, local onde seu pai administrava uma fazenda, a convite do Barão de Lage.

No ano de 1852, Benjamin entra na Escola Militar, embora seu grande dom fosse a matemática, ciência que ele nunca abandonaria durante sua vida. Dois anos após o ingresso nessa instituição de ensino, Constant já era professor de matemática e já tinha grande admiração por parte de seus alunos.

Benjamin_Constant_Botelho_de_Magalhães

Pouco depois, em maio de 1855, foi promovido a alferes e em 1859 deu continuidade aos seus estudos ao se matricular na Escola Central de Química, Mineralogia e Geologia. Com o passar do tempo foi ganhando patentes e chegou a primeiro-tenente e, em 1859, foi convidado pelo governo para o cargo de examinador de matemática dos candidatos aos cursos superiores do Império, função que exerceu até 1876.

Constant se casou no dia 16 de abril de 1865 e teve quatro filhas e um filho. No dia 22 de janeiro de 1866 foi promovido a capitão e, em 22 de agosto, foi chamado para defender o país na Guerra do Paraguai. Durante sua contribuição à causa do país, Constant contraiu malária, conseguiu uma licença e, posteriormente, pediu dispensa do exército, demanda que não foi atendida.

No ano de 1887 ele decidiu fundar o Clube Militar, um importante centro de propaganda republicana, causa que abraçou durante a vida. No dia 9 de novembro de 1889 ele foi o responsável por presidir a sessão que decidiu pela queda da Monarquia Brasileira.

Foi ele o grande responsável pela idealização da expressão “Ordem e Progresso” presente na bandeira nacional. Essa ideia, inclusive, veio da influência do pensamento positivista do francês Augusto Conte, que pregava “O amor por princípio, a ordem por base e o progresso por fim”. Por proposta do positivista Demétrio Ribeiro, Benjamin recebeu o título de “Fundador da República Brasileira”.

Com a República proclamada, Constant se tornou Ministro da Guerra no governo provisório e, em 1890, assume o posto de General-Da-Brigada. Graças a algumas discordâncias com o Deodoro da Fonseca, ele acabou afastado e assumiu a pasta recém criada da Instrução Pública, Correios e Telégrafos.

Benjamin Constant Botelho de Magalhães, faleceu no dia 18 de janeiro de 1891, em Jurujuba, Niterói, vítima de várias complicações decorrentes da malária.

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