Apesar de ter criado grandes obras para a nossa cidade, o arquiteto Ramos de Azevedo é pouco conhecido entre os cidadãos de São Paulo.
Contudo, apesar desse “esquecimento”, a cidade, de uma maneira geral, deu o devido respeito que essa figura merece e, em sua homenagem póstuma, foi erguido um lindo monumento aos seus grandiosos feitos.
O Monumento a Ramos de Azevedo ou, como também é conhecido, Monumento ao Progresso, foi inaugurado no ano de 1934.
O conjunto formado por bronze e granito foi criado pelo escultor ítalo-brasileiro Galileo Emendabili. A obra foi escolhida por meio de concurso e foi inaugurado, inicialmente, na Avenida Tiradentes, em frente à Pinacoteca do Estado, importante obra do engenheiro-arquiteto homenageado.
A obra consiste em uma homenagem ao progresso e tem uma base retangular com 15 metros de comprimento e 13 metros de largura. Se contarmos as esculturas, a altura atinge incríveis 23 metros no total.
E, falando das esculturas, cada uma delas tem uma representatividade diferente. As figuras esculpidas na base representam as artes: a Arquitetura, a Pintura, a Escultura e a Engenharia, juntamente com um grupo de trabalhadores, na lateral, que sustentam o belo brasão da cidade de São Paulo.
Um pouco mais para o alto aparece uma imponente escultura do arquiteto lendo uma planta e, ainda mais acima, colunas dóricas em granito sustentando a alegoria do Gênio montado em um cavalo alado segurando em uma das mãos a deusa grega Niké que personifica a Vitória. Vale o destaque que toda a escultura foi financiada com doações.
Em 1973, devido às obras do metrô, o monumento foi transferido para a Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira, onde permanece, até hoje, na praça que leva o nome do arquiteto, próxima à Escola Politécnica, instituição que ajudou a criar.
Um Pouco do Arquiteto
O autor da obra, Galileo Emendabili, partiu da Itália no ano de 1923 e se tornou, com a ajuda da comunidade italiana que vivia no país, um dos mais respeitados artistas do seu tempo. Suas obras estão espalhadas pela cidade e, sem exceção, são considerados grandes pontos turísticos da metrópole.
Suas criações são vistas em diversos mausoléus nos cemitérios da Consolação e São Paulo, em praças, no Obelisco do Ibirapuera, sua obra mais conhecida.