A ocupação residencial da Paulista tem, em sua representação, o famoso Belvedere Trianon, local onde a elite paulistana costumava realizar seus eventos. Quando o engenheiro Joaquim Eugênio de Lima projeto a avenida Paulista, em 1891, teve a preocupação de reservar um pequeno espaço, no meio da avenida, para um mirante.
O local especial tinha uma vista limpa para o centro da cidade e para o vale do Riacho do Saracura, onde mais tarde seria construída a Avenida 9 de julho. Documentos históricos mostram que, o espaço do Mirante, começou a ser construído no ano de 1912 a partir do projeto do famosíssimo Ramos de Azevedo que foi o executor da obra.
Sua inauguração aconteceu no ano de 1916, mas acabaria demolido para o surgimento do MASP, uma iniciativa do polêmico e histórico Assis Chateaubriand. A partir dos anos 30, o Bevedere, palavra que significa mirante em italiano, começou a sofrer com a degradação, ficando sem conservação e manutenção.
A Revitalização do Espaço
Entretanto, esse cenário de desrespeito com a história paulistana acabaria mudando através da iniciativa de um grupo de empresários que se dispôs a revitalizar o local. Através do famoso empresário Facundo Guerra, dono do PanAm e do Riviera, o escritório MM18 Arquitetura desenvolveu um grande projeto para o local.
A reforma indicava a revitalização interna, do entorno e dos lindos chafarizes. Além disso, a última etapa dessa obra, previu a construção de uma estrutura composta por vidro e aço para o funcionamento de uma galeria.
Várias melhorias foram realizadas, como a instalação de balcões de madeira para o funcionamento de um café e de um restaurante. Além disso, devido à disposição do projeto, será possível realizar exposições e festas no miolo do salão.
