O Palácio das Indústrias é um imponente edifício construído no centro da cidade de São Paulo entre os anos de 1911 e 1914. A ideia para a construção desse empreendimento começou a surgir em 1910, com a expansão da malha urbana e com a urbanização do Vale do Anhangabaú, que na época já tinha o Theatro Municipal em fase de conclusão de obras.
Com isso, são levadas várias propostas para “Melhoramentos da Cidade de São Paulo”, seguindo as tendências da “Belle Époque” às autoridades paulistanas. Em 1911, convidado pelo prefeito Raimundo Duprat para examinar essas propostas, o arquiteto francês Bouvard sugere a implantação de dois grandes parques nos moldes dos parisienses “Bois de Boulogne” e “Bois de Vincennes”: um sobre o Vale do Anhangabaú e outro sobre a Várzea do Carmo.
A proposta de Bouvard já trazia o Palácio das Indústrias no local onde se encontra. O anteprojeto do edifício, com suas linhas arquitetônicas já definitivas, fora concebido no ano anterior, pelo arquiteto italiano Domiziario Rossi. O projeto foi desenvolvido por outro arquiteto francês, Couchet, incluindo, além do Palácio destinado a exposições, inúmeros equipamentos de esporte e lazer. Entretanto, ele teria uma execução muito lenta.
Diante da dificuldade de arrecadação de recursos, sugeriu-se que a Várzea fosse dividida em 25 partes e com a venda de 24 delas seria possível construir-se, na 25°, o parque, com uma área de 451.800 m².
Os demais lotes foram vendidos, principalmente, à colônia síria, dando origem ao comércio atacadista da Rua 25 de Março e imediações. Em 1922, por ocasião do traslado dos restos mortais de D. Pedro II ao Brasil, o parque recebeu sua denominação atual.
O edifício, tem estrutura metálica importada no seu prédio principal, que é bem visível no sótão. Utiliza tijolo aparente como principal acabamento e tem inúmeros elementos decorativos, uns ligados à produção, como touros, e outros não, como cachorros, e seteiras em vários cumes de muradas.
Agregaram-se um verdadeiro claustro, e, depois, uma longa galeria, com dois anexos mantendo uma certa semelhança de estilo. Tem um excepcional porão e sua área total, incluindo varandas cobertas, é de cerca de 8 000m².
Foi Palácio de Exposições, mas com o desenvolvimento acelerado de São Paulo, passou a outros usos, como delegacia de polícia, com prisões no claustro, Assembléia Legislativa e sede da Prefeitura de São Paulo. Para o aproveitamento da população, o Governo do Estado de São Paulo dedicou o edifício ao Catavento, uma organização social e educacional. Com isso, ele retorna à sua finalidade original, exposições . A adaptação do prédio respeitou o tombamento integralmente.