A cidade de São Paulo possui, em sua imensa grandeza, diversos parques que valem a pena ser vistos. Talvez o mais negligenciado desses lugares seja o Parque do Trianon.
Com o nome oficial de Parque Tenente Siqueira Campos, ele foi inaugurado em 3 abril de 1892, com a abertura da Avenida Paulista e ele foi projetado pelo paisagista francês Paul Villon.
A nomenclatura “Trianon” veio do fato de, naquele tempo, existir no local onde hoje está o Museu de Arte de São Paulo (MASP), em frente ao parque, um clube com o nome de Trianon. O “arquiteto de São Paulo”, Ramos de Azevedo, desenvolveu o projeto, entre os anos de 1911 e 1914, na administração do Barão de Duprat, do chamado Belvedere Trianon, construído em 1916 e demolido em 1957 para dar lugar ao museu.
Por muitos anos ele foi conhecido como parque da Avenida. O lugar era explorado pela iniciativa privada, junto com o clube, servindo de palco para muitas festas, bailes e eventos culturais da alta sociedade que passou a morar na região da Paulista.
Na época de inauguração do parque, o ambiente cultural da aristocracia paulistana era dominado por influências do romantismo europeu do século XIX e, por isso, o parque acabou ganhando ares de um jardim tipicamente inglês, apesar de sua exuberante vegetação tropical.
No ano de 1924 o parque foi doado à prefeitura e, em 1931,recebeu sua denominação atual em homenagem a um dos heróis da Revolta Tenentista, Antônio de Siqueira Campos. Na avenida entre ambos ocorria a largada de várias corridas de automóveis e, em 1924, ocorreu a primeira Corrida de São Silvestre, largando desse mesmo lugar.
A partir de 1968, na gestão do prefeito Faria Lima, o parque passou por várias mudanças que tiveram a assinatura do paisagista Burle Marx e do arquiteto Clóvis Olga. E em data recente o parque foi tombado pelo Condephaat e pelo Conpresp.
Atualmente o Parque Trianon possui em seu interior, além da única reserva remanescente de mata atlântica da região, outros atrativos como a estátua do Fauno, de Vítor Brecheret, um viveiro de aves, fontes, chafarizes, locais de recreação infantil, sanitários públicos e centro administrativo, tornando-se um refúgio de lazer e descanso no meio da agitada Avenida Paulista.