A Prefeitura de São Paulo assinou, no último dia 16 de junho, o contrato de concessão de uso do Terraço Martinelli. O processo de concessão desse espaço se arrastava desde 2019. Além do terraço localizado no 26º andar, são objetos da concessão os andares 25º, 27º e 28º do edifício, além da loja 11, no piso térreo. Ao todo, são 2.570 m² de área a ser concedida pelo período de 15 anos.
A proposta comercial vencedora (R$ 135.000,00 a título de outorga fixa mensal) foi apresentada pelo Grupo Tokyo SP em março deste ano e representou um ágio de 18% em relação ao valor previsto inicialmente no edital da concessão. Esse valor mensal renderia mais de R$ 13 milhões/ano para os caixas da prefeitura.
A concessão possibilitará o restauro dos espaços, implantação de melhorias de acessibilidade, segurança e zeladoria e implementação de serviço de visitação pública. Todas as intervenções deverão respeitar os parâmetros urbanísticos, edilícios e de tombamentos vigentes, garantindo acessibilidade universal.
Segundo a prefeitura, a concessão tem como objetivos:
• Proporcionar ao público uma experiência de visitação completa, composta por um programa de atividades estruturado nos eixos de visitação pública, memória/urbanismo e gastronomia;
• Garantir a adequada destinação econômica de relevante ativo imobiliário da SP Urbanismo, maximizando o seu retorno financeiro;
• Garantir a melhoria, o desenvolvimento socioambiental e a reativação do Centro de São Paulo, em especial do Triângulo Histórico.
Principais exigências do edital
• Visitação pública gratuita ao terraço, ao menos, um dia por semana; visitação para o público em geral de terça a domingo (inclusive feriados);
• As visitas deverão ser acompanhadas de monitores/guias, contar com equipamentos de apoio a pessoas com necessidades especiais e oferecer acesso a sanitários e bebedouros;
• Implantação de um núcleo de recepção na Avenida São João para a visitação e centro de informações turísticas;
• Instalação de espaços expositivos na loja do térreo e no terraço com acervo permanente relacionado à história do edifício e acervo temporário relacionado à história da cidade ou a obras de artistas da cidade;
• Promoção de apresentações artísticas (musicais, sarais, teatrais).
Para cumprir as diretrizes do projeto, o Grupo Tokyo prevê a instalação de um café no piso térreo, com bilheteria e loja de produtos sobre o local, além de um museu e um restaurante no 25º andar. Já para o terraço, no 26º, 27º e 28º andares, o grupo pretende fazer um observatório e um espaço para shows, eventos e mais um bar e restaurante.
Com inspiração em lugares ao redor do mundo, como o Empire State Building e o Top of the Rock, no Rockefeller Center, em Nova Iorque; a Torre Montparnasse, em Paris; o Observatório At the Top, no Burj Khalifa, em Dubai; a Torre de TV, em Berlim; e o Tokyo Tower Skytree, em Tóquio, o objetivo da concessionária do espaço é estimular a presença do público para visitação, além de uma programação cultural e gastronômica durante todo o dia e noite.
É uma iniciativa válida para poder garantir que o edifício seja mantido, e que as pessoas possam usufruir do espaço.
Aliás o terraço do Martinelli é um local que vale, e muito a visita.
Espero que tudo funcione como previsto, pois a região central merece ganhar mais atrativos para fugir da degradação que parte do seu entorno vive atualmente.