Está prevista uma grande reforma no Centro de São Paulo para o segundo semestre. A Prefeitura pretende retirar as pedras portuguesas das calçadas e calçadões. Essas pedras estão por lá desde os anos 70. Segundo informações da licitação, o projeto abrange uma área de cerca de 63 mil m² , que compreendem 23 ruas do chamado “centro velho” (lista no fim do texto).

Em entrevista para vários portais, como o Terra e o Estadão, o secretário de Infraestrutura Urbana e Obras e presidente da SPObras, Marcos Monteiro disse que: “As pedras portuguesas serão trocadas por piso de concreto similar ao que há no (Vale do) Anhangabaú.”.

A proposta é discutida há mais de uma década, a fim de melhorar a acessibilidade e facilitar a manutenção das vias na região central. Importante lembrar que já há um projeto piloto datado de 2019, quando foi feita a troca do piso em um trecho da Rua Dr. Miguel Couto.

Além da troca do pavimento, o projeto prevê a implementação de acessibilidade universal, de uma sinalização turística e da iluminação funcional e cênica, além da instalação da infraestrutura subterrânea de drenagem e implantação de valas técnicas para melhor ajustar os cabos das empresas de telecomunicações e internet. O investimento previsto é de R$ 80 milhões.

Previsão de como ficará o centro após as alterações

A previsão é de que as obras durem 22 meses, sendo metade do tempo para restauração dos calçadões das ruas internas e a segunda metade destinada às ruas periféricas. Importante lembrar que, um dos nossos pisos mais icônicos, que fazia o contorno do estado, era feito de pedras portuguesas e praticamente desapareceu do convívio da cidade.

Em nota a SPObras enviou várias informações extras sobre as pedras portuguesas:

A Prefeitura de São Paulo, por meio da SPObras, esclarece que 23 ruas do centro histórico paulistano passarão por obras e irão receber novo calçamento (abaixo a lista completa). As pedras portuguesas não são tombadas pelo patrimônio histórico.

O novo calçamento garante a mobilidade e acessibilidade universal dos pedestres, além de contar com nova rede de drenagem, galerias técnicas (para passagem de cabos) e também ser de fácil manutenção. Importante destacar que o projeto de requalificação foi aprovado pelos três órgãos de proteção do patrimônio histórico: IPHAN, CONDEPHAAT E CONPRESP. O Viaduto do Chá não faz parte do traçado.

Pedras portuguesas são colocadas nas calçadas da rua Barão de Itapetininga em 1976

Sobre a destinação das pedras portuguesas que compõem o atual piso, elas serão removidas e enviadas para usina de britagem, para que assim o material possa ser utilizado para outros fins na construção civil. Dessa forma, a SPObras promove o devido uso dos resíduos da obra e reduz o impacto ambiental.

Quanto a licitação das obras, informamos que o processo foi suspenso no último dia 20, atendendo à solicitação do Tribunal de Contas do Município (TCM). A SPObras elabora as respostas aos questionamentos técnicos do Tribunal referentes ao edital.

Pedra portuguesa: um símbolo em risco no centro de São Paulo - Casa Vogue |  Colunas



RUAS PERIMETRAIS
1. Rua Líbero Badaró
2. Largo São Francisco
3. Rua Benjamim Constant
4. Praça da Sé
5. Pátio do Colégio
6. Rua Boa Vista

RUAS INTERNAS (CALÇADÃO)
1. Praça Ouvidor Pacheco e Silva
2. Rua São Bento
3. Rua José Bonifácio
4. Rua Quintino Bocaiúva
5. Rua Senador Paulo Egídio
6. Rua Barão de Paranapiacaba
7. Rua Direita
8. Rua XV de Novembro
9. Praça Manoel da Nóbrega
10. Rua Álvares Penteado
11. Rua Miguel Couto
12. Rua da Quitanda
13. Rua Anchieta
14. Rua do Tesouro
15. Rua do Comércio
16. Largo da Misericórdia
17. Av. São João

One Comment

  1. Eu sou Cristiano Vilhena brandao sou calceteiro e tenho uma tristeza em saber que a pedra portuguesa está sendo um motivo de descaso e muito triste saber que o melhor e a retirada da pedra portuguesa que está assentadas a década

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