Mas afinal, qual o primeiro supermercado de São Paulo?

Um dos temas mais controversos quando se fala na nossa história fica por conta de qual foi o primeiro supermercado da nossa cidade. Existem três versões que são “aceitas”, apesar de ninguém ter conseguido chegar, realmente, a uma conclusão final e apontar o “primeiro”. Eu já havia pensado em fazer esse texto e, claro, usar como referência o Estadão, jornal centenário do país e que, com certeza, teria dados importantes e fundamentais sobre o tema, em especial na parte “Como era São Paulo sem”.  Entretanto, o ótimo “Quando a cidade era mais gentil” foi além e trouxe novas informações que agregaram muito ao tema. Vamos à linha do tempo que consegui montar lendo todo o material que eles disponibilizaram.  

Pelos arquivos levantados e, segundo o anúncio de uma revista chamada Seleções, de 1953, mostra que havia um local chamado Depósito Popular Ltda, que ficava na Rua Formosa e era propriedade de Sebastião Gomes. Apesar dela não ter o supermercado no nome, ela já usava desde 1948 o sistema de “auto serviço” e o método de “Pagar na saída”.

Registro do site “Quando a cidade era mais gentil” com destaque para o “primeiríssimo” supermercado de São Paulo

Ainda nessa linha histórica, em 1953 foi fundado o Super Mercados Americanos Ltda., na Rua 13 de maio de 1936. Pelas localizações atuais, ele ficaria na frente do atual Shopping Paulista. O dono dessa “inovação” seria Richard S. Roberts, como podemos ver abaixo.

Registro do site “Quando a cidade era mais gentil” com o destaque para o “primeiro” supermercado de São Paulo

Assim, chegamos ao famoso “Sirva-se”, noticiado pelo Estadão como o primeiro supermercado da história de São Paulo. Pelos registros do jornal, ele ficava na esquina da Rua da Consolação com a Alameda Santos. Ainda segundo o jornal, no começo os fregueses perguntavam sobre o “aluguel dos carrinhos” ou se havia “necessidade de comprar ingresso para entrar no estabelecimento”. Era o começo do fim para as famosas vendinhas da cidade e o início da era das grandes redes, que facilitam (ou não) nossas vidas nos dias de hoje.

Referênciashttps://quandoacidade.wordpress.com/2013/02/05/o-primeiro-e-o-primeirissimo/ 

https://acervo.estadao.com.br/noticias/acervo,como-era-sao-paulo-sem-supermercado,9180,0.htm