A cidade de São Paulo é rica em sua geografia. Temos grandes picos como o Jaraguá, parques como o da Cantareira e do Ibirapuera e rios muito famosos como: Tietê, Pinheiros e Tamanduateí. O relato de hoje, especificamente, fala sobre esse último rio. Seu nome, em sua língua de origem, o tupi, quer dizer “rio de muitas voltas”. E seu caminho original é fiel ao nome que os índios lhe concederam.
Para compreender essa denominação é preciso imaginar que a região onde fica, hoje, a Avenida São João e o Vale do Anhangabaú faziam parte de uma curva de sete voltas antes de se encontrar com o seu afluente mais importante: o Rio Anhangabaú, que na língua nativa quer dizer “Rio do Mau Espírito”. Vale o destaque que, alguns estudiosos, também consideram que Tamanduateí tem o significado de “rio do tamanduá verdadeiro”. Não encontrarmos referências significativas que defina um ou outro nome e, portanto, fica a curiosidade dos dois possíveis significados.
As casas cujos fundos abriam-se para o Rio Tamanduateí tinham escadarias onde os moradores atracavam seus barcos e pescavam. No fim da Ladeira Porto Geral, antigo Beco das Barbas, existiu de fato um porto – daí o nome da rua -, que resistiu até o início do século XX, quando o prefeito Antônio Prado mudou o curso do rio e o reduziu a um estreito canal.
Um exemplo disso é que os monges beneditinos acabaram por instalar em São Caetano do Sul a primeira indústria de cerâmica, que produzia telhas, tijolos, ladrilhos e azulejos. O local favorecia tanto a utilização de água quanto o transporte da produção pelo rio. A partir daí, outras indústrias também se instalaram na região.
Apesar de todas as interferências do homem, o Tamanduateí parece ter vida própria. Apesar de canalizado e duramente poluído pelas ações do homem, o rio resiste. Em épocas de chuva, quando busca em alta velocidade o Tietê, ele é impiedoso. Sem ter para onde ir, ele enche e invade a Avenida do Estado que corre ao seu lado.
O Tamanduateí possuía 43 afluentes que deram origem a bairros, vilas e cidades, como o Ipiranga, a Mooca e a Pedra Branca. Atualmente a maioria desses córregos encontra-se total ou parcialmente canalizada e transformada em canais coletores de esgoto; o próprio rio tornou-se o maior canal de esgoto a céu aberto do ABC paulista.
Referências: http://acervo.estadao.com.br/noticias/lugares,rio-tamanduatei,8349,0.htm
Permita-me corrigir: tamanduateí quer dizer “rio de muitos tamanduás” em tupi. Infelizmente as etimologias de palavras do tupi são erradas com uma frequência gigantesca na internet.
Grande abraço!
Era para ser engraçado?
Na década de 30 meu pai me levava às proximidades do gasómetro, para respirar a fumaça de alcatrão que saia dos bueiros. – Bom para bronquite. Ficava sentado em direção ao Rio Tamanduateí, admirando os chorões que plantados em suas margens. augusto.
Olha Augusto se fosse nos dias de hoje, sua Saúde tava Ferrada …
No passado o bicho homem transformou o espaço, ratificou os Rios, e hoje explica as razöes das enchentes nos grandes centros e Metrópolis.
Um exemplo está na história do Rio e do bairro Tamanduateí. E de outros bairros não só de São Paulo mas de todas as cidades. Tocamos na natureza, ora por necessidade de sua ocupação, ora para facilitar a integração entre eles.
Estou começando a conhecer um pouco a História e a Geografia desta Metrópole e a partir deste conhecimento, entender a cidade.
É TRISTE DEMAIS,VER A DESTRUIÇÃO QUE O SER HUMANO FAZ COM A NATUREZA, UM,DENTRE TANTOS OUTROS RIOS MARAVILHOSOS, TOTALMENTE POLUÍDO,E CADÊ OS RESPONSÁVEIS POR DESPOLUIR ESSES RIOS, TÃO PRECISOS E IMPORTANTES?