A tradicional corrida de São Silvestre, que acontece na cidade de São Paulo todo final de ano, surgiu de uma inspiração trazida da França pelo jornalista Cásper Líbero.
No ano de 1924, recém-chegado de viagem, Líbero ficou impressionado com um evento esportivo conhecido como “March Aux Flambeaux”, uma corrida noturna, em que os participantes passavam pela cidade com uma tocha de fogo. Empolgado com a ideia e um apaixonado por esportes, Líbero decidiu que ia promover algo parecido em São Paulo.
A data escolhida para a corrida foi o dia 31 de dezembro de 1924 e o evento ficou conhecido como São Silvestre graças ao santo padroeiro desse dia. Para a primeira São Silvestre, foram convidados sessenta competidores e, para a largada, apareceram apenas quarenta e oito deles.
Com o passar do tempo e com a firmação da prova em cenário nacional e internacional, a São Silvestre foi ganhando notoriedade e cresceu em proporções absurdas. Atualmente, a corrida leva centenas de milhares de pessoas para as ruas da cidade e conta com nomes de peso na disputa pelo aclamado título.
Em suas primeiras versões, a São Silvestre era realizada em 23 minutos e cruzava uma trajetória de 8,8 quilômetros. Os participantes não recebiam nenhum tipo de dieta especial e eram terminantemente proibidos de tomar água durante a prova.
Em mais de 70 anos de história, a São Silvestre foi se modificando e se adaptando aos tempos modernos. A Revolução Constitucionalista de 1932 e o advento da Segunda Guerra Mundial não foram suficientes para impedir que o evento anual prosseguisse e agregasse novos competidores.
O evento se tornaria internacional no ano de 1947, quando atletas de todas as partes do mundo podiam competir na prova. Além disso, em 1975, quando a Organização das Nações Unidas, a ONU, instituiu o Ano Internacional da Mulher, a competição passou a incluir a participação das mulheres.
O primeiro título feminino, aliás, ficou com a alemã Christa Valensieck, que, também venceria a prova de 1976. O maior fenômeno da prova feminina, entretanto, apareceria na década de 80. A portuguesa Rosa Mota brilhou nas ruas de São Paulo com seis vitórias consecutivas, entre os anos de 1981 e 1986. O Brasil também teve a sua representante no lugar mais alto do pódio: Carmem de Oliveira foi o orgulho nacional, em 95, e Roseli Machado, em 96.
Nas primeiras provas em que as mulheres competiram, elas corriam junto aos homens e, após cruzar a linha de chegada, a classificação era separada por gênero. A partir do ano de 1989, o trajeto foi invertido e a competição passou a ser acontecer no período da tarde com as disputas entre homens e mulheres eram realizadas de maneira separada.
No ano de 1991, quando a corrida passou a ter exatos 15 mil metros, foi que a Associação Internacional das Federações de Atletismo incluiu a São Silvestre no calendário internacional de provas de rua.
Dois anos mais tarde, uma versão infanto-juvenil ampliou o público da competição e ganhou o nome de “São Silvestrinha”. Ainda hoje o queniano Paul Tergat é o detentor do recorde de tempo e um dos maiores vencedores da prova, com quatro vitórias.
Vale a curiosidade que grandes nomes já passaram por essa prova: o tcheco Emil Zatopek, conhecido como a ‘Locomotiva Humana’ nos anos 50, obteve uma grande vitória ao passar a linha de chegada 500 metros à frente do segundo colocado.
Além dele, outros atletas ficaram na história da corrida: o argentino Osvaldo Suarez (tricampeão em 58, 59 e 60), o belga Gaston Roelants (vencedor em 64, 65, 67 e 68), o colombiano Victor Mora (campeão em 72, 73, 75 e 81), o equatoriano Rolando Vera (86,87,88 e 89), o brasileiro José João da Silva, vencedor em 80 e 85, e o grande responsável pelo fim do longo jejum brasileiro no pódio, desde 47.
na minha opiniao a tradicional corrida de sao silvestre,deveria ser eliminatoria para todos os estados, assim dava enfase aos estados. ou seja deveria cada
estado deveria ter as participaçoes, representativas, para valorizar os atletas e o atletismo brasileiro