O artista Clóvis Graciano foi o responsável por presentear a cidade, em 25 de janeiro de 1969, quando a metrópole completou 415 anos, com quatro painéis ou murais que chamam Subida da Serra, Os Bandeirantes, Epopeia do Café e A Cidade Hoje. Essas obras são pouco vistas, já que ficam na altura do viaduto da Avenida Indianópolis.

As obras de arte medem 3,5 metros de altura por 10 metros de comprimento cada. Como o próprio nome dos painéis deixa claro, a ideia do artista era o de tratar de quatro momentos da nossa história: escravidão, bandeirantes, café e a urbanização de São Paulo.

Prefeito Faria Lima, em janeiro de 1969, na inauguração dos painéis do pintor Clóvis Graciano instalados na avenida Rubem Berta, uma das obras viárias do prefeito
“A cidade hoje”
Epopeia do Café” 
Os bandeirantes
Subida da Serra” 
Subida da Serra” 

Sobre o artista

Clóvis Graciano foi um artista de múltiplos talentos: pintor, desenhista, cenógrafo, figurinista, gravador, ilustrador e muralista. Natural de Araras (SP), foi o responsável por instalar cem murais no Rio de Janeiro e em São Paulo. Na capital paulista, a produção pode ser vista em diversos pontos da cidade, como nas fachadas do Edifício Bienal (Rua João Lourenço, 797) e do Edifício Nações Unidas (Avenida Paulista, 620).

Foi o responsável por fazer ilustrações de obras literárias, como o livro Cancioneiro da Bahia, de Dorival Caymmi (1914-2008), publicado pela editora Martins, em 1947, e o romance Terras do Sem Fim, de Jorge Amado (1912-2001), pela editora Record, em 1987.

Graciano fez parte do chamado “Grupo Santa Helena”, que tinha vários integrantes, como: Francisco Rebolo (1902-1980), Mario Zanini (1907-1971) e Bonadei (1906-1974), entre outros artistas. Foi um dos mais importantes agrupamentos artísticos da Modernidade Paulista e articulou-se a partir de 1935 no Palacete Santa Helena, na Praça da Sé.

Graciano foi também sócio-fundador do Museu de Arte Moderna de São Paulo, em 1948, e diretor da Pinacoteca do Estado de São Paulo, em 1971. A partir dos anos 1950, após estudar técnicas de produção de murais em Paris, passou a se dedicar principalmente à pintura mural, permanecendo fiel ao figurativismo e com o predomínio de temas sociais.

Referências: https://www.sescsp.org.br/online/artigo/9588_PAINEIS+NA+AVENIDA+RUBEM+BERTA

http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa5507/clovis-graciano

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