Uma das vias mais importantes da zona sul de São Paulo, a Roque Petroni Júnior, tem seu nome relacionado a uma importante figura da região do Brooklin Paulista.
Filho de dois imigrantes italianos, Rocco Petroni e Serafina Bianchi, Roque Petroni Júnior nasceu no dia 23 de novembro de 1908, na cidade de Bragança Paulista, no interior do estado de São Paulo. Ele começou seus estudos no Grupo Escolar Jorge Tibiriçá e, anos depois, foi enviado por seu pai à São Paulo, onde começou a estudar no famoso internato do Colégio Dante Alighieri.
Após sua formação, decidiu cursar a Faculdade de Farmácia e Odontologia, onde graduou-se farmacêutico. Após o bacharelado, decidiu seguir a carreira militar e cursou o CPOR sendo, na condição de primeiro-tenente, um dos combatentes na Revolução Constitucionalista de 1932, servindo em uma fábrica de pólvora em Piquete, no Vale do Paraíba.
Após sua volta dos combates, Petroni se casou no ano de 1933 com Maria Rita da Costa Aguiar e adquiriu uma pequena farmácia na Rua Joaquim Nabuco. O empreendimento, que no começo era muito simples, acabou evoluindo e dando certo, tanto que, em 1938, ele conseguiu construir um bom sobrado na mesma rua da farmácia.
Com as obras de sua casa finalizadas, Petroni conseguiu dar asas a um antigo sonho: instalou uma moderna farmácia – a Pharmácia Nossa Senhora Aparecida do Brooklin Paulista – que durante anos faria história no bairro e região.
Roque Petroni foi um amante de seus afazeres e, durante anos, sua dedicação aos enfermos acabou rendendo um grande reconhecimento e uma grande demanda de pacientes. Sua paixão ao seu ofício era tão grande que, mesmo aos finais de semana, ele atendia a ricos e pobres, fosse de dia ou de noite, varando até mesmo feriados.
Com o tempo, ele se transformou em um “médico de roça”, como eram conhecidos os farmacêuticos na época, nos tempos de um velho Brooklin, carente dos mais simples recursos.
Roque Petroni sempre foi chamado pela comunidade, investindo seu tempo em vários movimentos filantrópicos e religiosos, participando, entre outros trabalhos, da comissão pró-construção no novo prédio da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, inaugurado em 1959.
Ele, também, membro da Liga Eleitoral Católica, na época em que o Brasil passava por um processo de redemocratização do País, após a II Guerra Mundial. Em 1964, ele recebeu o título de “O Comerciante do Ano”, pela Associação Comercial de São Paulo, do distrito de Santo Amaro. Com o tempo, ele acabou se tornando um homem público, não só no bairro onde trabalhava, mas como em toda a zona sul da capital.
Com a sua morte prematura, que aconteceu em 15 de agosto de 1968, a farmácia continuou pelas mãos de sua esposa e do filho mais velho até o ano de 1997.
Em 1969, o Decreto Municipal nº 8.208, de 29 de maio, dispôs que a Avenida do Córrego do Cordeiro, entre a Avenida Santo Amaro e Marginal do Pinheiros, passaria a denominar-se Avenida Roque Petroni Júnior.
Texto feito com informações do site São Paulo Minha Cidade, com texto de João Bosco Petroni